Frequentadores do jazzmanmp3 e amantes da boa música, é com muito prazer e euforia que me arrisco hoje a começar uma serie de artigos com o tema HITÓRIA E INTRODUÇÃO AO JAZZ. Não me considero nenhum especialista, sou só um amante e apreciador desse gênero musical que pra muitos (inclusive pra mim), é mais que uma organização de figuras rítmicas e timbres. É uma forma de pensamento, um estilo de vida, e sobretudo, uma escolha. Depois de ter começado minha carreira de músico tocando outras coisas (que não vem ao caso aqui rsrs), fui apresentado ao som de um pianista de nome interessante; Ele era Bill Evans. Desde então comecei a pesquisar, estudar e correr atrás de tudo o que chamavam de Jazz. Com o tempo fui começando a perceber as características de cada vertente e as singularidades de cada um de seus músicos. Foi quando a uns 6 anos comecei a ler, assistir e ouvir tudo que eu encontrava e que diziam que era Jazz. A música de alguns compositores era tão complexa que para pelo menos entender tive que procurar suas raíses e ouvir o que tinham feito antes deles. Temas como sua história, aparecimento, evolução, aspectos sociais que influenciaram em seu desenvolvimento, enfim, coisas que geralmente não se pensa quando ouve um disco. E com isso foi aparecendo em meu caderninho, nomes que eu, e aparentemente ninguém ao meu redor conhecia. Nomes que não chegam às lojas de discos do interior. Foruns, comunidades, sites e blogs como esse foram cruciais nesse caminho.
Por isso decidi expor aqui as minhas pesquisas. Informações que estão em fase final de organização e que vão dar origem a um curso, 'história e introdução ao Jazz'. Vou dividir meus conhecimentos totalmente aberto a criticas, sugestões e possíveis correções. Vamos fazer desse centro de pesquisa que é o jazzmanmp3, um ponto de encontro e de aprofundamento musical dos que resistem a mídia e reafirmam sua individualidade e vontade auditiva própria!
O que é Jazz?
Começaremos com uma frase que já levou a debates infindáveis por esse mundo a fora... O que é Jazz ?
Nos últimos anos, o Jazz tem se tornado o refúgio de qualquer música que passa a não caber dentro de outros rótulos. Vemos nos festivais de Jazz de hoje artistas que vão do samba ao Rock Progressivo passando pelos ritmos afro cubanos! Isso a meu ver não deve ser encarado como problema, mais sim como uma prova da influência que o Jazz exerceu sobre todos os gêneros musicais do século XX e do quanto essa influência se tornou recíproca. Essa globalização musical, que, se feita com bom gosto só tem a engrandecer o universo musical como um todo.
'O jazz não é o que se toca, mas sim como se toca'. Só o que se pode afirmar o seguinte: dois elementos são absolutamente necessários numa performance de jazz, o swing e a improvisação
Nenhuma apresentação ou gravação de jazz está completa se não contiver algum trecho improvisado. Uma peça de jazz 100% escrita é uma contradição. Fazer jazz significa assumir um risco – ‘o risco de se confrontar com o silêncio e preenchê-lo com um discurso inédito e próprio’; Como dizia Charles Mingus, o risco de ser um "compositor instantâneo". Algo que pode, ou não, dar certo. Características como essa reafirmam a condição da música como arte. Sem formas e moldes.
O verdadeiro swing não se escreve numa partitura, por mais detalhada e precisa que seja a sua notação. A idéia do swing é justamente dar flexibilidade a um ritmo, "balanço" a uma frase, e contudo manter a precisão e preservar o foco da música.
Segundo o Aurélio, Jazz é uma música profana vocal ou instrumental, dos negros norte americanos, que se tornou progressivamente depois da primeira guerra mundial, uma forma de expressão quase universal. O famoso “Dictionary of Modern Music and Musicians” diz o seguinte: “O jazz é uma espécie de música de dança negra de origem americana, baseada em ritmos muito flexíveis e, sobretudo, muito sincopados”. O “Webster's New International Dictionary of the English Language”, comenta: “Estilo de música americana, particularmente usado no acompanhamento de dança, nasceu do ragtime e se desenvolveu através da assimilação de ruídos excêntricos, pleno de ritmos adequados para dança, alguns frenéticos, outros mais sutis”. Segundo Jacob Berendt, em “O Jazz – do Rag ao Rock”: “O jazz é uma forma de expressão artístico-musical que nasceu nos Estados Unidos em conseqüência do encontro do negro com a tradição musical européia. O arsenal harmônico, melódico e instrumental se origina na tradição cultural do Ocidente. Já o ritmo, fraseado, sonoridade, assim como particularidades da harmonia-blues, são de origem africana, elementos estes, porém, filtrados pela experiência vital do negro nos Estados Unidos”.
Bom, o que é ou não Jazz não cabe a mim dizer. A quem esta entrando nesse universo agora, fique ligado nessa serie de artigos que iremos discutir passo a passo a evolução e as características e nomes desse gênero, e sempre que necessário sugerindo audições.
Por hora desculpe a minha petulância em escrever sobre um assunto tão vasto, e boas audições!
O que é Jazz?
Começaremos com uma frase que já levou a debates infindáveis por esse mundo a fora... O que é Jazz ?
Nos últimos anos, o Jazz tem se tornado o refúgio de qualquer música que passa a não caber dentro de outros rótulos. Vemos nos festivais de Jazz de hoje artistas que vão do samba ao Rock Progressivo passando pelos ritmos afro cubanos! Isso a meu ver não deve ser encarado como problema, mais sim como uma prova da influência que o Jazz exerceu sobre todos os gêneros musicais do século XX e do quanto essa influência se tornou recíproca. Essa globalização musical, que, se feita com bom gosto só tem a engrandecer o universo musical como um todo.
'O jazz não é o que se toca, mas sim como se toca'. Só o que se pode afirmar o seguinte: dois elementos são absolutamente necessários numa performance de jazz, o swing e a improvisação
Nenhuma apresentação ou gravação de jazz está completa se não contiver algum trecho improvisado. Uma peça de jazz 100% escrita é uma contradição. Fazer jazz significa assumir um risco – ‘o risco de se confrontar com o silêncio e preenchê-lo com um discurso inédito e próprio’; Como dizia Charles Mingus, o risco de ser um "compositor instantâneo". Algo que pode, ou não, dar certo. Características como essa reafirmam a condição da música como arte. Sem formas e moldes.
O verdadeiro swing não se escreve numa partitura, por mais detalhada e precisa que seja a sua notação. A idéia do swing é justamente dar flexibilidade a um ritmo, "balanço" a uma frase, e contudo manter a precisão e preservar o foco da música.
Segundo o Aurélio, Jazz é uma música profana vocal ou instrumental, dos negros norte americanos, que se tornou progressivamente depois da primeira guerra mundial, uma forma de expressão quase universal. O famoso “Dictionary of Modern Music and Musicians” diz o seguinte: “O jazz é uma espécie de música de dança negra de origem americana, baseada em ritmos muito flexíveis e, sobretudo, muito sincopados”. O “Webster's New International Dictionary of the English Language”, comenta: “Estilo de música americana, particularmente usado no acompanhamento de dança, nasceu do ragtime e se desenvolveu através da assimilação de ruídos excêntricos, pleno de ritmos adequados para dança, alguns frenéticos, outros mais sutis”. Segundo Jacob Berendt, em “O Jazz – do Rag ao Rock”: “O jazz é uma forma de expressão artístico-musical que nasceu nos Estados Unidos em conseqüência do encontro do negro com a tradição musical européia. O arsenal harmônico, melódico e instrumental se origina na tradição cultural do Ocidente. Já o ritmo, fraseado, sonoridade, assim como particularidades da harmonia-blues, são de origem africana, elementos estes, porém, filtrados pela experiência vital do negro nos Estados Unidos”.
Bom, o que é ou não Jazz não cabe a mim dizer. A quem esta entrando nesse universo agora, fique ligado nessa serie de artigos que iremos discutir passo a passo a evolução e as características e nomes desse gênero, e sempre que necessário sugerindo audições.
Por hora desculpe a minha petulância em escrever sobre um assunto tão vasto, e boas audições!
Tentarei manter a frequência de um artigo por semana. Então, até semana que vem!
Link Quebrado? Post Sem Foto?
PRIMEIRONA!
ResponderExcluirIniciativa maravilhosa essa sua! Vou acompanhar esse curso de jazz à distãncia com muita diligência! Huahuah!
Parabéns e obrigada!
Estou agraciado com tanta informação interessante.Encontrei o blog e ja adicionei aos favoritos.Serei o aluno que senta na frente pra este curso de jazz.Sempre ouvi muita musica mas nunca me liguei a historia, nao sabia explicar pq nasci com tal gosto excentrico.Parabens pela iniciativa e continuem pois o sucesso vocês já tem ao passar qualidade aos nossos ouvidos.
ResponderExcluirParabéns pela iniciativa! Serei um leitor assíduo. Por favor não desista desse projeto. =)
ResponderExcluirtb estou nesse cursinho.
ResponderExcluirmuito boa a idéia.
Aproveito para recomendar quem esteja interessado em se aprofundar alémdo "curso" ministrado pelos colega, o livro História Social do Jazz, de Eric Hobsbawn. O historiador inglês trabalha o Jazz como fio condutor do seu livro associando à elementso históricos de nossa sociedade...
ResponderExcluirShow de bola!
ResponderExcluirParabéns!!!
Fiquei admirado com as informações coletadas por voce, citando Berendt e outras Centropedias do jazz. Não sei a sua idade, mas posso sugerir, como leitor antigo da história do Jazz o livro de Barry Ulanov de 1957, que me foi presenteado por um jazófilo antigo.
ResponderExcluirSinta o que ele diz, na introdução:
"Na superfície há desordem e conflito no jazz.Nenhuma definição plausível foi encontrada para esta música. Ela resiste a definições e seus músicos gaguejam nervosamente, refugiando-se nas ambiguidades coloridas de sua gíria." Encerrando, a definição mais famosa do jazz é de Louis Armstrong: "se voce precisa perguntar, nunca irá saber".....
Gostei da idéia, vou acompanhar suas pesquisas, gostei muito