quinta-feira, 31 de julho de 2008

Festival Tudo É Jazz 2008

Anat Cohen - Foto: John Rogers

Por Leonardo Alcântara (JazzMan!)

O estado de Minas Gerais, mais do que nunca, pode ser considerado a capital dos festivais de Jazz no Brasil. O calendário estadual inclui eventos de peso, como Ipatinga Live Jazz Festival e o Jazz Festival Brasil, e receberá em setembro o prestigiado Tudo É Jazz, na cidade de Ouro Preto. Os shows acontecerão nos palcos montados no Parque Metalúrgico (apresentações pagas) e Largo do Rosário (apresentações gratuitas).

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A cada ano, o festival inova e surpreende em seu casting. Em 2007, houve grandes atrações como o saxofonista Joshua Redman e a cantora Madeleine Peyroux. Por essas e outras, o festival é considerado um dos mais importantes do país.

Ouro Preto tem pouco mais de 68 mil habitantes. A apenas 99 quilômetros da capital Belo Horizonte, o município se destaca por sua magnífica arquitetura colonial, sendo reconhecido pela UNESCO em 1980 como Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade.

A programação de 2008 do Festival Tudo É Jazz conta com atrações internacionais como Yaron Herman Trio, Anat Cohen, Christian McBride e Hadouk Trio. Dentre os músicos nacionais, estarão nomes de peso como Hermeto Pascoal, Dudu Lima, Maria Bragança, Milton Nascimento – o artista homenageado da edição 2008 –, entre outros que prometem levar ao público uma imensa variedade de cores e sons, numa celebração em nome da música e da arte em geral.

O Blog JazzMan! vai iniciar uma série de matérias sobre o festival, para que você vá se preparando para um dos eventos mais importantes do nosso calendário de Jazz.

Veja a programação completa e maiores informações no site: http://tudoejazz.com.br/

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Festival Tudo É Jazz 2008

ENTREVISTA EXCLUSIVA - Dudu Lima
Foto: Cézar Fernandes

Por Leonardo Alcântara (JazzMan!)

Definido pelo guitarrista Stanley Jordan como um dos "melhores contrabaixistas do mundo", Dudu Lima é um dos nomes mais importantes da atual cena instrumental brasileira. Seu senso criativo, aliado a um ouvido produtivo, faz com que o músico seja reconhecido e requisitado para tocar nos principais festivais do Brasil e do Mundo.

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Quem esteve no Rio das Ostras Jazz & Blues Festival viu a apresentação marcante de um artista em puro momento de inspiração, revelando um músico que sabe o que está fazendo. Se há uma definição para a sua música – se é que isso seja possível –, me arrisco a dizer que é "colorida" e reflete com competência a alma e a essência de Minas Gerais, um estado conhecido por sua diversidade geográfica, cultural e racial.

Aliás, Minas Gerais, que sempre revelou personalidades ilustres, como Santos Dumont, Carlos Drummond de Andrade e Pelé, que encantaram o mundo exibindo criatividade e genialidade, hoje pode se orgulhar de Dudu Lima, um mineiro de "mão cheia" que faz da sua arte, sua história. Ou seria o contrário?

Dudu Lima concedeu uma entrevista exclusiva ao blog JazzMan!, onde falou do começo da carreira, da parceria com o guitarrista Stanley Jordan e sua participação no Festival Tudo é Jazz.

JazzMan!: Você começou a tocar baixo acústico muito jovem. O que foi que te influenciou a ponto de despertar o desejo de ser músico?

Dudu Lima: Foi um verdadeiro chamado, pois de repente comecei a apreciar o som do contrabaixo nas músicas. Eu tive sorte de ter em casa pessoas que ouviam sons de qualidade, apesar de não tocarem. Um dia estava assistindo a um show e tive a forte sensação que tinha que tocar o contrabaixo. Comecei tocando o elétrico e em seguida já veio o acústico que sempre me atraiu.Tive a sorte de ter ouvido essa voz bem novo e de obedecê-la e é a mesma voz que me convida até hoje!!! Espero que ela nunca pare de me chamar para esse universo tão especial que é a Música!!! Junto com o meu primeiro contrabaixo ganhei uma fita de vídeo com um show do Jaco Pastorius e isso foi decisivo para o minha visão do contrabaixo como um instrumento de possibilidades ilimitadas. Em seguida conheci Eddie Gomez e Ron Carter o que me trouxe a paixão pelo baixo acústico.

JM: Você já formou grandes parcerias com músicos brasileiros e estrangeiros, além de se apresentar em grandes festivais no Brasil e no mundo. Quais momentos mais significativos você destacaria em sua carreira?

DL: Eu destacaria aquele momento inicial que foi o responsável pelo amor pela música e a vontade de tocar. Ele foi o responsável por todos os outros que vieram.

Dentre esses momentos posteriores já na vida profissional eu destacaria a formação do meu primeiro trio, a convivência com grandes músicos em uma casa de Jazz em Juiz de Fora que é minha terra natal; (essa casa se chamava Jazz Club), a gravação de meu primeiro CD solo (Regina), o encontro com os meus parceiros musicais que são tantos que seria injusto citar nomes, além dos encontros musicais com Hermeto Pascoal que gravou no meu CD Nossa História e do trio com Stanley Jordan e Mamão(Azymuth)

JM: O guitarrista Stanley Jordan disse que você "está entre os melhores contrabaixistas do mundo". Como surgiu essa parceria?

DL: Eu comecei a tocar com o Stanley em 2001 no Visa Jazz Festival na cidade de Búzios. Ele veio tocar no festival e queria uma banda brasileira. O produtor Mauro Afonso (produtor musical que atua no Rio) encaminhou meu material para o Stanley e depois veio a notícia de que eu tinha sido escolhido.

Já no primeiro encontro para os ensaios que fizemos em Búzios a energia foi mágica e o som fluiu de uma forma maravilhosa. Assim, vieram as outras tours e hoje já fizemos nesses 7 anos quase 130 shows em altíssimo astral.

O Stanley é uma pessoa maravilhosa além de ser um músico genial e eu fico muito feliz com essa amizade e relação musical que temos. Ele participou do meu último CD e DVD ao vivo e eu e o Mamão participamos de seu novo CD que foi lançado esse ano nos EUA.

JM: Durante seu show no Rio das Ostras Jazz e Blues Festival, reparamos algo em comum com Stanley Jordan: a maneira percutida de tocar baixo, assim como ele faz com a guitarra. Fale-nos um pouco dessa técnica.

DL: Essa técnica é o tapping onde tocamos o instrumento de forma bem percussiva e o Stanley teve o mérito de codificá-la para o jazz de uma forma ímpar. Eu já era pesquisador do uso do tapping no contrabaixo e com esse contato tive a oportunidade de entrar nesse universo do Stanley de perto e isso me influenciou de uma forma muito forte. Aí tive a idéia de também utilizar o tapping no contrabaixo acústico o que gerou uma sonoridade bem interessante. Sem dúvida o uso do tapping gera outras possibilidades a nível de fraseado e de desenhos rítmicos o que enriqueceu muito as sonoridades que exploro.

JM: Você está para lançar o CD/DVD "Ouro de Minas", com composições de Milton Nascimento e João Bosco. Quais as diferenças que você enxerga entre esse novo álbum e os anteriores? Qual a importância desses compositores para sua carreira?

DL: A influência e importância desses compositores é muito grande, pois além do fato de ser mineiro sou fã da música mineira e ela me acompanha desde a infância. Ano passado, quando estava finalizando o CD e DVD 20 anos de pura música ,onde gravei "Clube da Esquina 2", eu percebi a grande quantidade de músicas mineiras que fazem parte do meu repertório de shows e visualizei este novo projeto, o qual batizei de "Ouro de Minas", pois verifiquei que isso era ouro puro e me dediquei a selecionar as músicas para o trabalho.Como tinha várias leituras para músicas do João Bosco resolvi convidá-lo para participar do CD e DVD e o resultado foi maravilhoso. O João Bosco é um músico da pesadíssima e nos brindou com uma participação genial na faixa "O Ronco da Cuíca". Em seguida selecionei músicas de outro gênio que é o Milton Nascimento, além da belíssima "Nascente" de outro grande compositor mineiro que é o Flávio Venturini. Além dessas músicas inclui 2 autorais inéditas e uma parceria minha com o Ricardo Itaborahy que é o pianista do meu trio e um grande parceiro musical.

A diferença desse material para o anterior é o formato que gravamos que foi ao vivo, porém sem público, já que o CD e DVD anterior foi gravado ao vivo e com público. E é claro que o momento diferencia os trabalhos já que a música que fazemos é espontânea e corresponde ao pensamento atual e com todas as idéias e inspiração que o cercam.

JM : Nos últimos anos, tem havido um grande debate a respeito da questão de direitos autorais, principalmente no que tange ao compartilhamento de músicas na internet. Enquanto artista de música instrumental, você acredita que isso ajuda ou atrapalha?

DL: Eu acho que a internet ajuda enquanto veículo de democratização do acesso às obras de todo o universo musical mundial. O que ainda não encontramos é a forma de controle pelos compositores da arrecadação de direitos autorais. Outro problema que percebo é com relação a poesia que representa a capa de um disco(seja vinil ou CD) e todas as informações nela contidas como os músicos que estão tocando e outros detalhes técnicos que são de suma importância para a obra.

No entanto, acho que essa estrada está sendo trilhada e não temos como interromper a caminhada. A solução é encontrar caminhos para não esquecer dos direitos autorais, pois a obra é o bem mais precioso do compositor e também não limitarmos o acesso ás mesmas já que a música é para ser ouvida por todos.

JM: Por fim, vamos falar sobre o Festival Tudo é Jazz. Enquanto músico, o que você acha de termos no Brasil um festival deste porte, que busca dar acesso à boa música, e o que o público pode esperar do seu show?

DL: Eu acho fundamental para o universo da boa música a realização de eventos desse porte em um país tão musical como o nosso. Precisamos difundir a cultura musical ligada à boa música e precisamos conquistar ouvintes e a melhor forma é a realização de festivais onde levamos a música viva literalmente para as pessoas.

É muito importante que cada vez mais esses exemplos de Rio das Ostras e Ouro Preto sejam seguidos como já está acontecendo em alguns locais como Ibitipoca, Ipatinga, Guaramiranga e tantos outros festivais que se realizam pelo país afora. Tomara que a idéia sempre se multiplique.

O público pode esperar um show com muita energia e muita criação que são as marcas registradas do meu trabalho. Para mim é um prazer muito grande participar de um evento como esse e tenho certeza que o pau vai quebrar!!!!!!!!!

Site oficial: http://www.dudulima.com/
MySpace: http://www.myspace.com/dudulima

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Miles Davis - Bitches Brew 1969

Em meados dos anos 60, existia uma rixa (indireta) entre o Jazz e o Rock. Enquanto os músicos de Jazz se ressentiam de perder sua estabilidade nas paradas pelos grupos de Rock (com os Beatles e os Stones só como exemplos óbvios), os músicos de Rock se ressentiam pelo que os jazzistas se colocavam diante deles, chamando-os de músicos de segunda classe ou de inexperientes demais. Se a partir de 1966/67, o rock começa a incorporar (muito lentamente) elementos jazzísticos em seu som, dando o pontapé inicial para o nascimento do que iria ser o Rock Progressivo, o jazz sofria com uma espécie de bloqueio em incorporar melodias ligadas ao Rythm n´blues e do folk em seu som, principalmente por acharem que assim, estariam dando uma espécie de atestado de que esse estilo precisava de mudanças. Muitos achavam que essa união de estilos seria longa, gradativa e dolorosa. Porém coube a Miles a tarefa de fazer essa união, e a mesma se deu de forma radical, grandiosa e genial. Davis, um conservador nato, cansado da mesmice estética do qual o jazz se encontrava, começou a estudar uma forma de criar um novo estilo, ou uma nova forma de se apresentar o mesmo ao público. Em agosto de 69, juntou um grupo de talentosíssimos músicos e decidiu juntar o jazz com elemento africanos, com o blues, com funk negro americano e batidas latinas. A partir daí nasceria um dos discos mais influentes, geniais e polêmicos da história da música, "Bitches Brew" , o nascimento de um novo estilo de jazz, o fusion, que seria uma das principais influências sonoras de boa parte do rock Progressivo na primeira metade dos anos 70. Em seus quase 100 minutos, o que vemos é um artista desconstruindo e reconstruindo um estilo de forma genial. Temos a bombástica "Pharaoh´s Dance" e a antológica musica título, altamente introspectiva com algumas explosões sonoras. Miles utiliza o talento de seus músicos de forma quase obsessiva, seja pela empolgante "Sanctuary" ou mais especificamente em "Miles Runs the Voodoo Down", que mescla de forma impressionante o blues, o jazz e uma pitada de musica africana em seus 14 minutos de duração(percebam os solos de sax de Wayne Shorter e o de teclado de Corea de forma arrasadoras). O grande prazer de ouvir esse album é perceber que Miles além de só chamar músicos de primeira linha, fazia de bom usos deles, utilizando suas capacidades as vezes a exaustão (dizem que na faixa John McLaughlin, o excelente guitarrista ouvia poucas e boas de Davis por não utilizar todo o seu talento, aliás, também excelente). Ao ser lançado, o disco causou um estardalhaço, tanto pela crítica como pelo público. Ambos ficaram extremamente divididos, chamando o trabalho tanto de inovador e brilhante como de pretensioso e desnecessário, mesmo assim o album alcançou o top 10 americano, feito impressionante para um disco de Jazz. Para o rock Progressivo, o impacto não foi menor, muitos músicos de prog rock (Fripp, Wyatt, Wetton, Brufford, Collins, entre outros) afirmam que esse álbum influenciou e muito a direção musical que seguiriam posteriormente, e o próprio Meio progressivo viria a ser muito influenciado pelo fusion, com bandas incorporando esse estilo ao seu som (o Crimson de 1972-74 e o Soft Machine pós 1970). Miles após esse álbum, cairia em extremos ao explorar as possibilidades desse novo estilo, lançando os excelentes On the Corner (1972) e Get Up With (1974), mas sem o mesmo impacto comercial. Muitos afirmam que Sgt. Pepper´s foi o disco que mais influenciou o Rock Progressivo, mas esse album sem duvida não ficou atrás. "Bitches Brew", álbum duplo no qual dentro da transformação que marcava a música contemporânea na época, Davis não se assustou com a parafernália eletrônica e eletrificou sua banda, ao mesmo tempo que incluía um percussionista recém-chegado aos Estados Unidos, o catarina-curitibano Airto Guimorvan Moreira. "Bitches Brew", tal como o disco seguinte - "Live at the Fillmore East" (gravado no hoje desaparecido teatro-templo musical de San Francisco) foram álbuns de ruptura em sua carreira, separando-o de uma fase anterior, com raízes no bebop dos anos 40. Após cinco meses de gravação e estudo minuscioso de uma infinidade de rolos de fita, o resultado expressou o que Miles desejava: tornar “Pharaoh´s Dance”, “Bitches Brew”, “Spanish Key”, “John McLaughlin”, “Miles Runs The Voodoo Down” e “Sanctuary” obras abertas, sujeitas à novos diálogos. Essência do improviso jazzístico que é fundamento da música do século XXI. As gravações durante apenas três dias - 19, 20 e 21 de agosto - e foi impressionante a quantidade de música gravada. Sem contar, as discussões entre Miles e o produtor Teo Macero. Ao longo dos anos, Bitches Brew recebeu várias reedições. A primeira, em CD, trazia apenas uma canção extra: "Feio", de Wayne Shorter. Mas foi em 1998 que os fãs urraram de prazer quando foi editado - primeiro em um lindo estojo e depois em uma caixa retangular - Miles Davis - The Complete Bitches Brew Sessions que postarei em breve.

Musicos:

Miles Davis - Trumpete
Chick Corea - Teclados, piano
Wayne Shorter - Saxofone
John McLaughlin - Guitarra
Dave Holland - Baixo
Billy Cobham - Bateria
Airto Moreira - Percussão
Jumma Santos - Percussão

Faixas:

Disc - I
01 - Pharaoh's Dance
02 - Bitches Brew

Disc - II
01 - Spanish Key
02 - John McLaughlin
03 - Miles Runs the Voodoo Down
04 - Sanctuary
05 - Feio (Bonus Take)

Download - Here Parte I
Download - Here Parte II

Boa audição - Namastê
Esta postagem é uma parceria entre o blog Jazzman e o blog borboletas de jade



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segunda-feira, 28 de julho de 2008

Miles Davis - On The Corner 1972

Após dar o pontapé inicial do movimento fusion com os álbuns "In A Silent Way" e "Bitches Brew", ambos de 1969, Miles passou dois anos e meio testando novas sonoridades, adaptando seu som a novos estilos e caindo ainda mais de cabeça em novos ritmos e sons totalmente diferentes ao estilo ligado ao Jazz. Suas perfomances ao vivo entre 1970-72 eram verdadeiros laboratórios sonoros, onde Miles, muito bem acompanhado (incluindo dois músicos Brasileiros, Airto Moreira e Hermesto Paschoal) criava verdadeiros colossos sonoros com essas misturas e experimentos. Ao entrar em estúdio em junho de 1972, muito influenciado pela black music de Sly and Family Stone, Funkadellic, Steve Wonder e Isaac Hayes, decidiu fugir da temática experimentalista de seu antecessor Bitches Brew e colocou uma sonoridade altamente dançante, negra e de impacto. Chamou (como sempre) um time impecável de músicos, entre eles Herbie Hancock, que também estava trilhando um caminho parecido em juntar o jazz com a musica negra (no qual lançaria outro marco fusion, o álbum Head Hunters no ano seguinte) e após rápidos jam sessions, surgia um de seus melhores trabalhos, On the Corner. Na primeira música, a faixa-título On The Corner, percebemos a intenção de Miles de colocar o jazz um caráter altamente rítmico e de impacto. Nessa canção, altas doses de batidas africanas se misturam a solos de teclados, saxofones e de trumpete, criando às vezes a sensação de estarmos num ritual africano ou numa sessão de magia, tamanha a força musical da faixa. Já Black Satin, tem um ritmo altamente dançante, nitidamente inspirado no Funk (Com boa dose de qualidade do grupos como Sly e Funkadelic), destacando-se aqui o ótimo baixo de Micheal Henderson e as deliciosas pitadas da guitarra de John Mclaughlin. A ótima One and One brinda com uma deliciosa performance de Jack Dejonette na bateria e John Mtume na percussão, dando base aos ótimos solos que Miles realiza nessa canção. Helen Butte/ Mr. Freedom X (na verdade uma alusão ao líder negro Malcom X e ao grupo político panteras Negras) realça o caráter de Miles de imprimir uma sonoridade negra em seu trabalho. Aqui, o funk, o blues, a musica africana e o soul se alternam de forma eficiente e empolgante em seus mais de 20 minutos de duração. Esse Álbum ao ser lançado, foi impiedosamente massacrado pela crítica, que acusou Miles de denegrir o jazz e na verdade ter feito um disco apenas para ganhar dinheiro. Miles demonstrou desprezo pelas críticas e continuou indo cada vez mais ao extremo em suas misturas musicais até se retirar temporariamente do cenário artístico por problemas de saúde em 1976. Um disco excelente da excelente fase Elétrica desse excelente músico.

Musicos:
Miles Davis - Trumpete
Chick Corea - Teclados
Herbie Hancock - Teclados
Dave Liebman - Saxofones
John Mclaughlin - Guitarra
Micheal Henderson - Baixo
Jack Dejonhette - Bateria
John Mtume Foreman - Percussão

Faixas:
01 - On the Corner
02 - Black Satin
03 - One and One
04 - Helen Butte / Mr. Freedom X

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Boa audição - Namastê.



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John Mclaughlin

1978 - Electric Dreams



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Tracks:

1 - Guardian Angels (:52)
2 - Miles Davis (4:54)
3 - Electric Dreams, Electric Sighs (6:27)
4 - Desire and the Comforter (7:35)
5 - Love and Understanding (6:39)
6 - Singing Earth (:38)
7 - Dark Prince (5:17)
8 - Unknown Dissident (6:18)

Credits:

John McLaughlin - Guitar (Acoustic), Guitar (Electric) Producer, Banjo
Fernando Sanders - Bass, Guitar (Bass), Bass (Acoustic), Vocals
Lakshminarayana Shankar - Violin, Violin (Electric)
Tony Smith - Drums, Vocals
Stu Goldberg - Organ, Synthesizer, Organ (Hammond), Piano (Electric), Moog Synthesizer
Alyrio Lima - Percussion, Cymbals, Chinese Cymbals
David Sanborn - Sax (Alto)

http://www.johnmclaughlin.com/



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