terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

Grammy consagra Amy Winehouse e homenageia o jazz de Herbie Hancock

LOS ANGELES (AFP) — A 50ª edição do Grammy, o mais importante prêmio da indústria musical, coroou a britânica Amy Winehouse com cinco dos seis prêmios para os quais foi indicada, consagrou Kanye West como o rei do rap, com quatro prêmios, e deixou para trás o pop e o rock, ao premiar como Álbum do Ano o trabalho do veterano do jazz, Herbie Hancock.

Já os brasileiros Céu, Bebel Gilberto e o ministro da Cultura, Gilberto Gil, que competia na catogoria Melhor Álbum de World Music, voltaram para casa de mãos abanando. O prêmio foi para "Djin Djin", de Angelique Kidjo.

Winehouse, que cantou e agradeceu um dos prêmios diretamente de Londres, via satélite, ganhou com seu "Back to Black" como Revelação do Ano, Melhor Vocalista Pop, Melhor Álbum Vocal Pop e sua "Rehab" foi escolhida como a Melhor Canção e Melhor Gravação de 2007.



A grande surpresa da noite foi o pianista Herbie Hancock, que, contra todos os prognósticos, conquistou o prêmio de Melhor Álbum do Ano por seu trabalho em "River: The Joni Letters".



"Já se passou 43 anos desde a primeira e única vez que um artista do jazz ganhou o prêmio de Álbum do Ano", declarou Hancock depois de derrotar os favoritos Winehouse e West, assim como Foo Fighters e Vince Gill.

O artista, que nesta terça-feira completará 68 anos, felicitou a Academia pelo "voto corajoso" ao selecionar um trabalho muito longe do pop e do rock.

"Este é um novo dia, que demonstra que o impossível pode ser possível. 'Sim, pode", acrescentou, arrancando aplausos do público ao parafrasear o lema do pré-candidato democrata Barack Obama.

O outro grande favorito da noite, Kanye West, de 30 anos, que chegou com oito indicações, levou a metade dos principais prêmios, mas teve seu CD "Graduation" escolhido como o Melhor Álbum de Rap, além de ganhar como Melhor Canção Rap por "Good Life"; Melhor Atuação de Duo ou Grupo de Rap por "Southside" e Melhor Atuação Solo Rap por "Stronger".

Já Winehouse, a 'bad girl' do rock, dedicou seus prêmios ao marido e sua cidade, Londres, via satélite, uma vez que não viajou para os Estados porque recebeu aprovação de seu visto tardiamente.

Alguns artistas que tiveram que se conformar com um único prêmio foram Justin Timberlake, Melhor Vocalista Pop masculino por "What Goes Around ... Comes Around", enquanto que o 'tema chiclete' "Umbrella", de Rihanna junto Jay-Z, levou o prêmio de Melhor Canção de Rap em colaboração.

Mais de mil indicados competiram em 110 categorias, dentro de 31 gêneros, onde reservaram nove prêmios para artistas ibero-americanos, como Alejandro Sanz e "El Tren de Los Momentos", que levou o Melhor Álbum Latino Pop.

Entre os artistas que brilharam durante a cerimônia estava a rainha do rock Tina Turner, que fez um duo com Beyoncé, o cantor italiano Andrea Bocelli, o guitarrista John Mayer e ícones como Tony Bennett, Cher, Prince, Stevie Wonder e Quincy Jones, enquanto que Ringo Starr recebeu o prêmio para o CD "Love" em uma festa que não faltou nem a viúva de John Lennon, Yoko Ono.

O veterano do rock americano, o 'boss' Bruce Springsteen, ignorado nas categorias maiores, ficou com os prêmos de Melhor Atuação em Rock Solo, Melhor Atuação em Rock Instrumental e Melhor Canção de Rock por "Radio Nowhere".

Mas na categoria de Melhor Álbum de Rock, Springsteen e seu "Magic" perderam para os Foo Fighters, vencedor com "Echoes, Silence, Patience, Grace".

Numa das categorias "menores" da competição, Barack Obama conquistou o Grammy para o audiobook "The Audacity of Hope: Thoughts on Reclaiming the American Dream", onde competia com os ex-presidentes Bill Clinton e Jimmy Carter.

"Ratatouille", de Michael Giacchino, ficou com o Grammy de Melhor Trilha Sonora.

Fonte: AFP

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